O 15 de agosto, Dia da Adesão do Pará, é uma data importante que significa a independência da Província do Grão Pará.

Em 1823, o Pará era a única província que ainda não tinha aderido à Independência do Brasil, ocorrida no dia 07 de setembro. Um ano depois a Província do Pará passa a aderir ao Brasil.

Mas essa adesão não foi fácil. Dom Pedro I, Imperador do Brasil, enviou pra cá um comandante de fragata inglês, John Grenfill, contratado para criar aqui a Marinha. Ele foi designado com a missão de trabalhar o movimento para incorporar o Pará ao Brasil.

A consagração da Adesão ocorreu após uma assembleia no Palácio Lauro Sodré, sede da Colônia Portuguesa à época, local em que no dia 15 de agosto de 1823, o documento de adesão do Pará foi assinado, rompendo de vez com Portugal.

A Lei

Criado pela Lei n° 5.999, de 10 de Setembro de 1996, o feriado que este ano celebra 23 anos teve o objetivo de comemorar a Data Magna do calendário paraense. De acordo com o Projeto de Lei do então deputado estadual Zeno Veloso, que instituiu o feriado, a data também seria uma oportunidade para realizar solenidades cívicas e atividades educacionais que possibilitassem ao cidadão paraense conhecer e preservar a importância da data para o Estado.

O feriado de 15 de agosto não surgiu apenas com o objetivo de se criar mais uma data comemorativa no calendário oficial do Estado, foi instituído como base na Lei Federal nº 9.093, de setembro de 1995, que obrigou os Estados a determinarem um dia para a comemoração da sua Data Magna. Nesse contexto, todos os estados brasileiros criaram suas próprias datas comemorativas.

Obra

O Palácio da Cabanagem, sede da Assembleia Legislativa do Estado do Pará foi palco de grandes momentos históricos; é também um lugar que preserva a memória com rico acervo documental e obras de artes valiosas que retratam os principais e significativos acontecimentos da história política, com destaque para a proclamação da Adesão do Pará.        

Entre tantas obras de artes do Palácio da Cabanagem, tem uma que encanta os olhos, localizada no hall de entrada principal da sede do Poder Legislativo Estadual. A obra suntuosa ocupa toda a parede frontal. Denominada de “A Adesão do Pará à Independência do Brasil”, ela foi pintada em 1971 pela alenquerense Anita Panzuti (com a colaboração de Betty Santos). A magnífica obra revela o momento histórico: a presença do bispo Dom Romualdo Coelho assinando o documento da promulgação da Adesão do Pará à Independência do Brasil. No centro está o belíssimo Palácio Lauro Sodré, hoje Museu Histórico do Estado do Pará. No lado direito está o brigue Maranhão, ao qual o Almirante inglês Lord Thomas Cochrane foi designado por Dom Pedro a passar o comando da Marinha do Brasil e encarregou o capitão John Pascoe Greenfell de ameaçar a bombardear Belém. Eles achavam que era necessário para resguardar a cidade de uma esquadra forte em Salinas, que estava pronta para bloquear o acesso ao porto da capital. Essa ação provocaria o isolamento da Província do Grão Pará do resto do Brasil, se não optassem pela adesão.  Dessa forma, aconteceu a adesão dos paraenses à Independência.

História – A Adesão do Pará à Independência determinou a história da política paraense, foi um momento tenso  marcado por lutas travadas e consequências, como o massacre do “Brigue Palhaço” que provocou mortes e prisões na cidade de Belém. Outros movimentos também surgiram, como a Cabanagem, em 1835.

Símbolo – A data é destaque na bandeira brasileira, com a estrela solitária no círculo no azul, acima da faixa branca. Ela é uma referência direta ao fato histórico de 15 de agosto de 1823, como sendo o último Estado a aderir à Independência do Brasil.